GESTÃO DE CRISE – CORONAVÍRUS

06/04/2020

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Situações incomuns exigem que soluções inovadoras.

O ser humano tem alto poder de resiliência, tanto é que, a humanidade já passou por inúmeras crises econômicas, sempre encontrando um caminho, por vezes tortuoso, para recuperar-se. Cronologicamente, destacamos o Crash na Bolsa de Valores de 1929, A Crise do Ouro de 1971, O embargo do petróleo em 1973, A Segunda-Feira Negra de 1987, A Queda das Torres Gêmeas em 2001, Crise Argentina de 2002 e a Grande Recessão Americana de 2008/2009.

Na área da saúde, historicamente a humanidade já foi assolada e teve suas vidas tocadas por diversas pandemias. A Peste Bubônica no Século 14, A Febre Amarela, A SARS, Gripe Suína a Malária, etc.

De todas os eventos acima descritos, a Pandemia do Corona Vírus está se apresentando como a crise na saúde, e em consequência na economia, que mais equiparou os seres humanos e empresas. Todos os países, sem exceção foram atingidos. Todos nos fomos colocados em isolamento social, com regras de distanciamento praticamente iguais.

Dos países mais desenvolvidos aos mais pobres, todos equiparados.

No tocante ao ser humano, não há dúvidas, estamos sendo forçados a recalcular a rota, a nos tornarmos mais humanos, resilientes e empáticos.

E do ponto de vista empresarial, quais as transformações que as corporações serão compelidas a fazer? Quais os novos processos serão implementados, o que deverá ser descartado? Quais as novas condutas que os gestores e líderes empresariais deverão tomar para sair da crise?  Conforme Sir Winston Churchill : “Um pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade; um otimista vê uma oportunidade em cada dificuldade.”

Na crise que já estamos vivendo a primeira medida é enxergar a crise como uma grande oportunidade de reinventar-se.

Conforme Henri Ford dizia : “Não encontro defeitos. Encontro soluções. Qualquer um sabe queixar-se”.

Assim, a primeira atitude dos gestores deverá ser de manter-se firme perante a dificuldade, buscando novos mecanismos para enfrentar a recessão.

A segunda atitude é: Gestão. A palavra de ordem dos líderes empresariais para sair da crise será o aprimoramento dos processos e das ferramentas de gerenciamento.

Entendemos que reconhecer, revisitar o consumidor de nossos produtos e serviços será uma das grandes necessidades. Pois sim, conforme descrito por alguns estudos, em 21 dias, com repetição, novos hábitos serão desenvolvidos (O Poder do Hábito, Charles Duhigg). Desta forma, nossos consumidores, passaram a valorizar mais os itens de primeira necessidade, compras online, e entretenimento digital. Poderá ser uma mera fase? Sim, mas possivelmente acarretará impactos nos padrões de consumo.  Teremos de conhecer esse novo padrão de consumidor para adaptar a missão das empresas e produtos.

Administrar e rever todos os custos. A maioria dos setores foi obrigada a suspender suas atividades e, nas atividades em que é possível o tele trabalho, enviar seus funcionários para casa. Assim, alguns muitos custos operacionais, financeiros, de pessoal, compras, suprimentos, terão de ser revistos. Não somente pelo escasso faturamento das empresas, o qual, naturalmente colocará algumas empresas em situação de alerta, mas também, pela ausência de recursos financeiros para enfrentar situações como a atual.

Assim, a luz vermelha também se acende para a necessidade de provisão de recursos financeiros para manter-se, um, dois ou três meses sem faturamento. Item praticamente de luxo para as corporações da atualidade. Mas, será que não conseguimos manter um plano de contingência financeira? Será imperiosa a análise dos custos necessários para buscar implementar um planejamento financeiro que inclua uma conta segurança.

Após tantos dias de trabalho fora do ambiente físico empresarial, algumas corporações implementarão o home office como novo modelo de trabalho.  A análise dos custos associada também ao estudo do pessoal, sim, porque naturalmente cargos e salários terão de ser revistos, conduzindo a necessidade de um bom planejamento preventivo trabalhista.

Em concomitância, vem a necessidade de reavaliar contratos com fornecedores, clientes, parceiros e instituições financeiras.

A análise dos custos tributários e de possíveis ativos em decorrência de impostos recolhidos a maior, combinada com uma correta estratégia fiscal apoiando o líder na administração do fluxo de caixa.

Por fim, em casos de imensa dificuldade de manter a perpetuidade do negócio, lançar mão do contido da Lei 11.101/2005, a recuperação judicial, que tem como princípio basilar a preservação da empresa, também poderá vir a ser medida a ser tomada.

O importante, frente a tantas mudanças de hábitos, planos, planejamentos será manter-se positivo e certo do sucesso, porque, certamente, estar decidido é o segredo do êxito (Henry Ford) e buscar os parceiros ideais para estar lado a lado da empresa neste momento de disrupção de padrões econômicos e sociais.

Diante desta crise que apresenta impactos em todos os setores da economia, temos de relembrar que grandes empresas e grandes negócios nascem em momentos como este.

A Nutella foi inventada pela falta de cacau na Europa, Isaac Newton desenvolveu a teoria da gravidade em meio a quarentena, A Nestlé criou o produto Nescafé pela falta do café, o Airbnb e o Uber foram criados durante a recessão americana de 2008, o que nos demonstra que sim, é momento de ajustar a rota, manter-se firme e decidido no propósito e acreditar que estes dias de isolamento e suspensão de atividades nos trarão novas ideias de negócios e oportunidades.

Obviamente, para enxergar as oportunidades, você precisa sair da rota do problema e cercar-se das pessoas certas para auxiliar na sua gestão de crise.  Estamos ao seu dispor para estudarmos juntos as melhores estratégias para a retomada de seu negócio.

 

 


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